sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Pincelada: Flávio de Carvalho

Autorretrato, 1965. Óleo s/ tela, 90,5 x 66,8 cm. Coleção MAM-SP.
Muitas vezes sendo atribuído como o primeiro performancer brasileiro que se tem notícia, Flávio Rezende de Carvalho (1899-1973) foi um vanguardista que ajudou na propagação da estética modernista de nosso país. Filho de legítimos barões de café, ainda adolescente estudou na Europa e lá presenciou a ebulição das vanguardas artísticas do início do século vinte. O futurismo de Marinetti, por exemplo, é tido pelo crítico Paolo Maranca como a inspiração para o expressionismo da obra pictórica de Flávio.
Após expor no Salão Revolucionário em 1931, participou ainda de todos os Salões de Maio, idealizado por Quirino da Silva, e também expôs nas três primeiras edições da Bienal Internacional de São Paulo. Munido de uma visão provocativa, realizou sua polêmica performance, experiência nº 2, em plena procissão de Corpus Christi, no ano de 1931. Se não fosse sua retirada estratégica das ruas, provavelmente seria agredido pela população que marchava durante o evento religioso.


Referência:
Luzia Portinari Greggio. Flávio de Carvalho, a revolução Modernista no Brasil. Brasília: 2012 (Livro).

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