segunda-feira, 15 de junho de 2015

Chamada "Cartum, Cartoon, Cartone!"

Por meio da Secretaria de Cultura, através da Gerência de Promoção da Leitura, a Láudano Artes promove a exposição "Cartum, Cartoon, Cartone" do artista visual D.X - André Luís Onishi - entre os dias 15 e 30 deste mês de Junho na Biblioteca do Novo Centro. Como parte da programação ainda serão ofertadas, pelo artista, oficinas de cartum nas Bibliotecas Municipais. As ações fazem parte do projeto “Eu si divirto!” que é uma homenagem ao cartunista Lukas, nome utilizado por Marcos César Lukasewigz, falecido em 2011. Nas oficinas serão trabalhadas a produção visual, humorística e opinativa por meio do cartum.


Na exposição será apresentada uma série de estudos visuais denominados de Ensaios Gráficos os quais foram produzidos enquanto conteúdos imagético e textual baseados nas produções culturais da humanidade sob a estética dos cartuns. Estes ensaios foram publicados no blog da Láudano Artes (http://laudanoartes.blogspot.com.br/p/ensaios-graficos.html) e agora estarão reunidos e expostos para visitação, durante o horário de funcionamento da biblioteca, tendo por objetivo contribuir para o desenvolvimento de olhares críticos sobre arte e culturas visuais na cidade.


Programação das OFICINAS:
Horário: 13h30 às 14h30 (Biblioteca do Palmeiras será realizada entre as 13 e 14 horas)

22 de junho
Biblioteca do Alvorada
Avenida Sophia Rasgulaeff, 693

23 de junho
Biblioteca do Novo Centro
Avenida Horácio Racanello, 6090

24 de junho
Biblioteca do CEU de Iguatemi
Avenida Vereador Antonio Bortolotto, Conj. Residencial D. Angelica

25 de junho
Biblioteca do Mandacaru
Avenida Mandacaru, 317

26 de junho
Biblioteca da Operária
Travessa Liberdade, 26 (continuação da Avenida Paissandu)

30 de junho
Biblioteca do Palmeiras
Avenida Kakogawa, 1.310, Parque Grevíleas III


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Origem da Arte Contemporânea brasileira

Praticamente podemos chamar de Arte Contemporânea as manifestações artísticas que acontecem atualmente, no presente momento. Entretanto, o marco inaugural da arte contemporânea no Brasil é comumente associado ao neoconcretismo que teve sua origem com a publicação do Manifesto Neoconcreto em março de 1959. O manifesto foi assinado por Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis, os quais apresentaram uma nova vanguarda na arte brasileira ao romperem com o movimento concreto que já tinha ganhado terreno no país desde o início da década de 1950.


Algumas características deste grupo são a superação da tela como suporte, o rompimento do espaço tradicional da obra de arte e o estabelecimento da interação entre o trabalho artístico e o espectador por meio de uma relação ativa entre ambos. Um exemplo "concreto" disto pode ser observado em Bichos de Lygia Clark, que são placas de metal polido articuladas por dobradiças e podem ser manipuladas pelo público, conferindo novas formas ao trabalho e induzindo ao espectador participante o papel de completar o sentido da obra por meio desta interação.
Ferreira Gullar é tido como o principal articulador teórico do grupo. Tanto ele quanto o crítico Mário Pedrosa já tinha neste período seus seguidores e uma certa capacidade de influenciar aqueles que se reuniam em torno deles. Foi Gullar que investigando a construção tridimensional de Lygia inventou a denominação não-objeto para se referir àquele trabalho que já não era nem pintura, nem escultura e muito menos relevo como tentou denominar Pedrosa. A descoberta do poeta foi comunicada oficialmente na mesa de jantar do apartamento de Lygia Clark. Esta residência foi um dos pontos de encontro do grupo e o lar de incontáveis conversas sobre as experiências do coletivo no âmbito da arte brasileira e contemporânea. Convencido de que a denominação criada ajudaria nas formulações das novas experiências do grupo, Ferreira Gullar mais tarde publicou a "Teoria do não-objeto".
Além de Lygia, outro artista deste grupo que ganhou notoriedade no circuito internacional foi Hélio Oiticica. Munido de uma capacidade singular de formular linhas de interpretação sobre o próprio trabalho, não se mostrou defasado em relação à produção americana e européia e se manteve em consonância com o discurso das vanguardas dos grandes centro artísticos. Sua obra intitulada Tropicália inspirou os tropicalistas e um de seus conhecidos parangolés também acabou sendo vestido por Caetano Veloso na década de sessenta. Outro trabalho bastante referenciado do artista é a bandeira Seja Marginal, seja Herói uma espécie de estandarte da marginália, também conhecida como cultura marginal que se proliferou para outras linguagens artísticas. Desde sua morte, sua família cuida de seu patrimônio o qual foi parcialmente destruído por um incêndio no ano de 2009.

Referências:
Flávio Rosa de Moura. OBRA EM CONSTRUÇÃO: A RECEPÇÃO DO NEOCONCRETISMO E A INVENÇÃO DA ARTE CONTEMPORÂNEA NO BRASIL. São Paulo, 2011. (Tese de Doutorado)


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Exposição "Cartum, Cartoon, Cartone" (15/06 a 30/06)


Por meio da Secretaria de Cultura, através da Gerência de Promoção da Leitura, a Láudano Artes promove a exposição "Cartum, Cartoon, Cartone" do artista visual D.X - André Luís Onishi - entre os dias 15 e 30 deste mês de Junho na Biblioteca do Novo Centro. Como parte da programação ainda serão ofertadas, pelo artista, oficinas de cartum nas Bibliotecas Municipais. As ações fazem parte do projeto “Eu si divirto!” que é uma homenagem ao cartunista Lukas, nome utilizado por Marcos César Lukasewigz, falecido em 2011. Nas oficinas serão trabalhadas a produção visual, humorística e opinativa por meio do cartum.

Na exposição será apresentada uma série de estudos visuais denominados de Ensaios Gráficos os quais foram produzidos enquanto conteúdos imagético e textual baseados nas produções culturais da humanidade sob a estética dos cartuns. Estes ensaios foram publicados no blog da Láudano Artes (http://laudanoartes.blogspot.com.br/p/ensaios-graficos.html) e agora estarão reunidos e expostos para visitação, durante o horário de funcionamento da biblioteca, tendo por objetivo contribuir para o desenvolvimento de olhares críticos sobre arte e culturas visuais na cidade.


Programação das oficinas:
Horário: 13h30 às 14h30 (Biblioteca do Palmeiras será realizada entre as 13 e 14 horas)

22 de junho
Biblioteca do Alvorada
Avenida Sophia Rasgulaeff, 693

23 de junho
Biblioteca do Novo Centro
Avenida Horácio Racanello, 6090

24 de junho
Biblioteca do CEU de Iguatemi
Avenida Vereador Antonio Bortolotto, Conj. Residencial D. Angelica

25 de junho
Biblioteca do Mandacaru
Avenida Mandacaru, 317

26 de junho
Biblioteca da Operária
Travessa Liberdade, 26 (continuação da Avenida Paissandu)

30 de junho
Biblioteca do Palmeiras
Avenida Kakogawa, 1.310, Parque Grevíleas III

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Atrações Musicais no II Encontro de Culturas Urbanas


 O Encontro de Culturas Urbanas vem dar apoio as constantes discussões sobre arte e público levantadas por pessoas de todo mundo. Este tema nos estimulou a considerar que as manifestações culturais podem/devem ser realizadas em esferas públicas para permitir que a sociedade possa fruir dos trabalhos realizados sob influência do meio em que o artista está inserido.

Emily Rose

O som da Emily Rose é pesado, mas não só. Iniciada em 2011, a banda vem se apresentando em festas de repúblicas, festivais e bares de Maringá e região. Com Diego na bateria, Melina no baixo e Frank na guitarra e vocal, vem transformando sentimentos e experiências de vida em música, de forma espontânea e sincera.
Para quem quiser conhecer o som da Emily, o primeiro EP da banda, Embrião, possui quatro faixas (sendo uma faixa bônus) e está disponível para download gratuitamente neste endereço: http://emily-rose.bandcamp.com/

Manada Crew e Ivan Marinheiro

 Manada Crew tem o intuito de fazer musicas livres, produzir com sentimento tanto quanto nas composições, quantos nas batidas ou em qualquer projeto que estejam engajados, a Crew veio a se tornar uma realidade em meados de 2013 entre gravações no estúdio Elefante Records com os amigos, papos de esquinas pela madruga, e muito Freestyle, resumindo união de três malucos pra fazer um bom som... Em sua apresentação contará com a participação de Ivan Marinheiro, MC da Zona Norte de Maringá que lançou recentemente seu segundo disco solo batizado de Autópsia Na Verdade, com produções de DJ Samu, DJ Coala e o produtor do primeiro disco Fubá Beat's, gravado, mixado e masterizado no Studio Ichiban Records pelo DJ Samu. A parte visual do disco é assinada pela genuína artista visual Elisa Riemer, que transcreve os gritos da alma em sua arte e já expôs na primeira edição do Encontro de Culturas Urbanas.

União da Paz

Vindos da região oeste de Maringá, União da Paz é Jonas Sagaz, Drintafari, Julio Beck e Cabrobró. Inspirados pelo ritmo Jamaicano Reggae, e sua influente miscigenação com o genêro Rap, o grupo inicia suas apresentações buscando levar ideias que contribuam com o conhecimento critico cidadão humano e a libertação interior. Traz em suas canções mensagens sobre o dia a dia da periferia, luta pelos direitos populares e aspectos da filosofia Rasta.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Fragmentos de Marcelo Monteiro

Com a palavra, D.X:

Dos meus amigos que trabalham com arte, tenho certeza que o que mais tem se destacado na área das Artes Visuais é o Monteiro. Tenho receio em descrever as impressões que tive ao presenciar sua exposição intitulada Fragmentos, pois poderia gastar meus dedos redigindo centenas ou milhares de palavras e mesmo assim elas formariam uma síntese injusta e incompleta do que é experienciar o seu trabalho. Sempre que o encontro pessoalmente faço questão de me perder em conversas que podem parecer longas para quem está de fora, pois além de sincero e empolgante, a expressividade que o torna criatura viva é a mesma que se faz intrínseca em suas peças. 


Outra coisa que permeia nosso bate-papo é o tal do olhar de fora, a preocupação com o visitante leigo e o respeito ao público. Presenciei a realização de dois monumentos que pertencem à uma série desenvolvida em uma oficina improvisada na Universidade Estadual de Maringá e também fui convidado a dar uma lascada no imenso tronco de árvore que ainda estava em processo de concepção. Destes trabalhos, o mais recente carrega a essência de outras peças expostas no Convite às Artes Visuais, o vazado. A exposição não contou com nenhum de seus monumentos que se impõem pelas calçadas da UEM, pelo contrário, o que presenciei eram esculturas reduzidas em tamanho, mas não em significado.
Do rude ao delicado e do áspero ao polido a maior beleza de seu trabalho, em minha concepção, sempre será a tridimensionalidade. E não somente na robustez dos trabalhos mas também nas lacunas que se preenchem com o que está além da obra. Aqui até o vazio se faz completo. Que estes fragmentos nunca sejam comparados à migalhas, mas à uma parte de um todo que se ergue diariamente na consagração do monumental Marcelo Monteiro.